Em julho de 2019, a MFA lançou uma campanha pedindo à empresa Condor que assumisse o compromisso de parar de comprar ovos de galinhas confinadas em gaiolas. O confinamento intensivo de aves na indústria de ovos é considerado uma das piores causas de sofrimento animal e infelizmente ainda é muito comum no Brasil.
Em sistemas que utilizam essa prática, as galinhas são mantidas em gaiolas minúsculas durante praticamente suas vidas inteiras. Elas mal podem andar, esticar suas asas ou expressar outros comportamentos naturais. Além disso, é comum que fiquem presas, sofram lacerações ou tenham seus membros mutilados no aramado das gaiolas ou sob as bandejas de ração. Aves mortas são encontradas em decomposição em meio a galinhas ainda botando ovos para consumo humano.
Muitas empresas, incluindo grandes varejistas, como Walmart, Carrefour, St Marche, Cia Beal e Zaffari, já anunciaram compromissos proibindo o confinamento de galinhas em gaiolas em suas cadeias de suprimentos de ovos.
O supermercado Condor ainda não anunciou um compromisso nesse sentido e, insatisfeito com campanha de conscientização pública da MFA, ingressou com uma ação judicial contra a organização para que fossem retirados do ar os sites da campanha, sob pena de multa, e para que a MFA fosse condenada ao pagamento de indenização por danos morais. Felizmente, essa ação não prosperou: o pedido de liminar feito pela empresa foi negado, o Condor perdeu em primeira e em segunda instâncias e, recentemente, o STF negou seguimento ao último recurso por eles proposto, garantindo assim uma importantíssima vitória para a Mercy For Animals e para a causa animal.
Nas decisões judiciais do caso, considerou-se que a campanha da MFA está dentro dos limites da liberdade de expressão e de manifestação, bem como garante o direito à informação da população.
O fato de o Poder Judiciário reconhecer a importância de nossas campanhas nos estimula a continuar nosso trabalho para que o público consumidor possa fazer escolhas cada vez mais conscientes.