O problema
A exploração dos animais pela pecuária industrial provoca imenso sofrimento e tem inúmeras consequências socioambientais.
Exploração Animal
Trilhões de animais como vacas, bois, porcos, galinhas e peixes são explorados pela indústria e transformados em mercadorias para o consumo humano. Apesar de serem seres sensíveis, capazes de sentir dor e medo, muitos animais vivem confinados em espaços minúsculos, são submetidos a práticas dolorosas e abatidos em larga escala.
Este sistema de exploração também implica em sérias consequências socioambientais, agravando a crise climática, as desigualdades sociais e a insegurança alimentar.
A Indústria da Carne
Animais explorados para consumo, como bois, porcos e aves, são frequentemente confinados em espaços pequenos, onde mal conseguem se mover, quanto mais expressar comportamentos essenciais para sua saúde e bem-estar. Esses animais sofrem com procedimentos dolorosos durante a criação e o abate.
Nossas investigações mostram que, na indústria, eles enfrentam temperaturas extremas, ambientes sujos e um manejo brutal.
A Indústria do Leite
Na indústria leiteira, as vacas são inseminadas artificialmente para que fiquem grávidas repetidamente e produzam leite. Muitas vezes, esses animais são selecionados geneticamente para produzir quantidades excessivas de leite, o que causa desequilíbrios metabólicos e doenças graves. Elas passam a maior parte de suas vidas confinadas em baias, sofrendo com lesões no corpo e inflamações nas mamas.
Seus filhotes são separados assim que nascem: as fêmeas recém-nascidas são levadas para viver sozinhas, confinadas em espaços minúsculos e privadas de mamar o leite de suas mães; já os bezerros machos costumam ser descartados para abatedouros poucas horas após o nascimento, destinados à produção de carne de vitela.
A Indústria dos Ovos
Estima-se que 95% das galinhas exploradas para produção de ovos vivem confinadas em gaiolas por quase toda sua vida, em um espaço menor que de uma folha A4. Muitas não conseguem andar nem abrir as asas e sofrem com problemas ósseos, fraturas e feridas nos pés. Este cenário de alta densidade, estresse e condições precárias de higiene é propício para a proliferação de doenças, como a gripe aviária.
O confinamento de galinhas em gaiolas é uma das causas de maior sofrimento animal da indústria de ovos. O movimento global por galinhas livres de gaiolas (conhecido como “cage-free”) busca a eliminação total desta prática, enquanto estes animais ainda são explorados na indústria de alimentos.
A Indústria da Pesca
A pesca e a aquicultura industrial ameaçam de espécies marinhas e provocam o sofrimento de trilhões de peixes que são mortos todos os anos. Eles são sufocados e desmembrados, muitas vezes ainda vivos, apesar de serem capazes de sentir dor.
Na aquicultura de confinamento intensivo, vivem suas vidas em tanques com alto índice de estresse e contaminação, privados de seus comportamentos naturais.
A pesca de arrasto, além de capturar diversas outras espécies do oceano, está destruindo os habitats do oceano e provocando a desertificação do fundo do mar. Ela contribui também para a poluição plástica e acúmulo de lixo nos oceanos.
O custo ambiental da exploração animal
A exploração de trilhões de animais que são mortos para consumo em escala industrial está associada a diversos impactos ambientais – como desmatamento, emissão de gases do efeito estufa, contaminação industrial, perda de biodiversidade e o consumo excessivo de recursos naturais como água e solo, relacionados ao agravamento da crise climática.
É uma conta que não fecha, e que a indústria não paga.
A conta também chega para os seres humanos
Nunca consumimos tanta carne e derivados de animais como nos dias de hoje. E isso gera sérias consequências para a saúde pública.
Este padrão de consumo alimentar está associado ao desenvolvimento de diversas doenças, como câncer, diabetes, obesidade e pressão alta.
O atual modelo de produção de alimentos, centrado na exploração animal, agrava a insegurança alimentar e as desigualdades sociais e está associado ao surgimento de pandemias e doenças infecciosas que ameaçam cada vez mais o bem-estar das nossas sociedades devido ao aumento da resistência antimicrobiana.