Um pescador da Costa Rica filmou o momento em que ele cortou um peixe e, dentro de seu estômago, encontrou uma quantidade assustadora de lixo (assista). O vídeo, chocante, evidencia o nível assustador de poluição dos oceanos e também o risco que as pessoas correm quando se alimentam de animais.
De dentro do peixe, o pescador foi tirando pouco a pouco objetos como tampa de garrafa, um pente e até um isqueiro.
No Brasil, a situação dos frutos do mar não é muito melhor. Além do lixo, falta de higiene em embarcações, rastreabilidade ineficiente dos produtos e falhas na refrigeração adequada fizeram com que toda a União Europeia suspendesse a importação de pescados brasileiros no início do ano.
Muitas pessoas optam por parar de comer carne vermelha, mas continuam comendo peixes. É urgente que a gente tire também frutos do mar do nosso prato. Vamos explicar por quê:
1. Peixes não são saudáveis
Bifenilos policlorados (compostos usados para diversos fins como fluídos, lubrificantes e tintas, considerados contaminantes ambientais e chegando até mesmo a serem banidos dos Estados Unidos), mercúrio, gordura saturada, colesterol — as pessoas ingerem tudo isso quando comem peixe. Não é à toa que o médico Alan Goldhamer os define como “esponjas de mercúrio”. Os criados em cativeiro ainda tomam antibióticos para controlar infecções por bactérias e fungos.
2. A pesca está destruindo os oceanos
Sabe quando as pessoas fazem mutirão para salvar ovos de tartaruguinhas na praia? Ou golfinhos, que a gente acha tão fofos? A gente acha que está comendo só um peixe, mas na verdade está matando vários desses outros animais também — e destruindo a biodiversidade dos oceanos.
A pesca causa um enorme desequilíbrio ambiental: os navios pesqueiros retiram dos oceanos muito mais do que a natureza é capaz de repor, e matam muito mais do que os peixes destinados à alimentação. A pesca comercial e industrial é reconhecidamente a maior causadora de morte de baleias, golfinhos, tartarugas e tubarões. Nos anos 90, mais de 12 milhões de tubarões e arraias eram capturados anualmente por “acidente”, apenas em águas internacionais. Esse número crescia para estimados 50 milhões de tubarões pegos por ano, metade da quantidade de tubarões dos estimados 100 milhões que eram mortos para efetivamente se tornarem carne.
3. A criação de peixes em cativeiro é cruel
Em um primeiro momento, peixes criados em cativeiros podem parecer uma boa alternativa para evitar a destruição dos oceanos. Porém, basta pesquisar um pouco para entender que a realidade desses peixes é cruel.
Um estudo da Royal Society Open Science revelou que peixes criados em cativeiro sofrem de depressão severa; fisiologicamente falando, estão em seus limites. Estudando esses peixes letárgicos, os cientistas identificaram uma quantidade altíssima de cortisol (hormônio que atua no controle do estresse), além de aumento de atividade no sistema serotoninérgico, importante regulador do sono, respiração e humor. Os resultados são semelhantes aos apresentados por humanos em situação de pobreza ou expostos a outras dificuldades socioeconômicas. Isso porque eles passam suas vidas inteiras amontoados em tanques sujos e superlotados onde travam uma verdadeira batalha com outros peixes por comida.
Outro estudo, da Universidade de Melbourne, na Austrália, descobriu que 95% dos salmões criados em cativeiro são surdos. Isso acontece porque eles são estimulados a crescer muito rapidamente, de forma a dar mais lucro para os produtores. Muita gente talvez não saiba, mas peixes — ao menos os que vivem em liberdade — são capazes de ouvir.
4. Peixes são animais sensíveis
Os peixes são seres extremamente sensíveis. Na verdade, cientistas de todo o mundo notaram diversas vezes que os peixes sentem dor da mesma forma que os animais terrestres. Os peixes são até mesmo comparáveis a cães, gatos e outros animais na forma como sentem prazer.
Nós não conseguimos nem imaginar a tortura que é ser cortado ao meio enquanto ainda se está totalmente consciente. Ou morrer asfixiado lentamente, sem conseguir respirar fora da água.
Infelizmente, situações de crueldade como essa são comuns. Em 2011, a Mercy For Animals realizou uma investigação secreta em um abatedouro de peixes e expôs os animais sendo esfolados vivos. Ao mesmo tempo que o peixe engasgava por oxigênio, sua pele era arrancada com alicate. Eles lutavam por suas vidas tentando escapar das facas dos trabalhadores.
Nós não conseguimos nem imaginar a tortura que é ser cortado ao meio enquanto ainda se está totalmente consciente. Ou morrer asfixiado lentamente, sem conseguir respirar fora da água.
Infelizmente, situações de crueldade como essa são comuns. Em 2011, a Mercy For Animals realizou uma investigação secreta em um abatedouro de peixes e expôs os animais sendo esfolados vivos. Ao mesmo tempo que o peixe engasgava por oxigênio, sua pele era arrancada com alicate. Eles lutavam por suas vidas tentando escapar das facas dos trabalhadores.
Você pode continuar fazendo pratos de frutos do mar, mas substituindo os peixes por alternativas vegetais tão gostosas quanto e mais saudáveis. Clique aqui para conferir a lista de receitas que preparamos.