Muitas pessoas se perguntam se os peixes sentem dor e se são animais sensíveis e inteligentes.
Infelizmente, aprendemos a associar essas capacidades apenas a outros animais, como cachorros, gatos e até mesmo a alguns dos outros animais explorados para alimentação, como bois, porcos e galinhas.
Mas saiba que diversos estudos mostram que, sim, os peixes são capazes de sentir e, inclusive, demonstrar dor!
Veja a seguir algumas das principais descobertas sobre esse assunto.
Descobertas sobre os peixes e a capacidade de sentir dor
É muito provável que quase todas as pessoas vegetarianas ou veganas já ouviram a pergunta “mas nem peixe?” ao anunciarem que não comem carne.
É comum que não entendam que os peixes façam parte do nosso círculo de compaixão, porque muitas vezes não os enxergamos como indivíduos que sentem.
Até mesmo a indústria da pesca ignora a individualidade desses animais e mede a produção por toneladas, e não por vidas pescadas.
No entanto, apesar de muitas vezes serem vistos apenas como comida ou fonte de recreação nas pescarias, os peixes são animais com capacidades cognitivas, emocionais e sociais.
De acordo com o biólogo Dr. Culum Brown (2015), os peixes aprendem a associar e evitar potenciais danos, o que é uma forte evidência de suas habilidades de perceber a dor.
Em seu artigo, ele ainda afirma que os peixes podem aprender uns com os outros, desenvolver tradições, além de cooperarem entre si e serem capazes de se reconhecer.
Ainda sobre a capacidade de sentir dor, o autor observa que peixes têm o receptor sensorial conhecido como nociceptor, que detecta estímulos danosos e envia sinais de percepção de dor.
Em seu livro “Do Fish Feel Pain?”, a bióloga Victoria Braithwaite também defende que o sistema nervoso dos peixes reconhece estímulos de desconforto e dor, mesmo que seja de forma diferente da que nós, humanos, experienciamos.
Um artigo de 2018 publicado na Hakai Magazine destaca outros estudos científicos que também mostram e defendem que peixes sentem dor.
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Informações adicionais sobre os peixes
Estudo publicado na Scientific Reports (2016) mostra evidências de que o peixe-arqueiro (da espécie Toxotes jaculatrix) pode ser treinado para reconhecer rostos humanos de forma precisa.
Além disso, os peixes fazem parte de um grupo extremamente diverso. De acordo com o cientista Jonathan Balcombe, estima-se que existam mais de 32 milhares de espécies de peixes no mundo, de várias cores, tamanhos e formatos!
Isso faz com que, além do aspecto físico, eles tenham características e funcionamentos também muito diversos e muito mais complexos do que podemos imaginar.
Não dá para ignorar tantos estudos e pesquisas mostrando as incríveis capacidades desses animais, não é mesmo?
No entanto, a indústria de peixes ainda utiliza terríveis práticas na criação dos peixes, algo que não deveria ser usado com nenhum animal.
Investigações feitas pela Mercy For Animals já mostraram animais vivendo em situações de superlotação, sofrendo mortes por sufocamento e tendo seus corpos cortados ao meio enquanto ainda estão vivos.
Você pode ajudar a mudar essa realidade deixando os peixes fora do seu prato. Participe do Desafio 21 Dias Sem Carne e comece agora mesmo!