Porcos selvagens foram flagrados em luto por um de seus familiares que morreu. O vídeo, feito por um menino de oito anos para um projeto de ciências, acabou surpreendendo as pessoas que assistiram. Nos dez dias seguintes à morte do animal, diversos outros foram o visitar, ficavam olhando, mexeram, conferiram e tentaram carregar o corpo, deitaram para dormir perto do amigo morto e até espantaram um grupo de coiotes que estava à espreita.
“É incrível porque não foi apenas uma reação imediata e depois eles seguiram em frente. Isso continuou durante dez dias”, disse Mariana Altrichter, da International Union for Conservation of Nature, à National Geographic.
Barbara King, professora de antropologia do College of William & Mary e autora do livro How Animals Grieve (algo como “Como animais sentem o luto”), disse ao jornal The Independent que, de fato, eles pareciam estar desolados. “Sabemos com certeza que alguns animais sociais como macacos, gansos, porcos e cachorros sofrem, não apenas chimpanzés, baleias e elefantes. Dois comportamentos, em particular, me fazem pensar que estão em luto: o de dormir perto do animal morto e a persistência em tentar obter algum tipo de reação”.
Veja com seus próprios olhos:
As cenas são emocionantes e provam o que já sabíamos: animais são sensíveis, inteligentes e se importam muito com seus amigos e familiares. Sendo assim, por que cenas como essas, registradas em uma investigação secreta da Mercy For Animals, continuam acontecendo?
Os porcos explorados para consumo também são inteligentes e sensíveis. Eles são capazes de se comunicar e até resolver quebra-cabeças. A investigação mostra que eles são cruelmente abatidos em frente a todos os demais, que, além de se preocuparem com seus amigos, ainda temem ter o mesmo futuro que eles.

