O biólogo Frank Alarcón publicou em seu Facebook, na noite de ontem, a filmagem realizada pela veterinária Magda Regina, que escreveu o laudo requerido pela Justiça, dentro do navio Nada, dias antes de sua partida.
Caminhando pelos corredores da embarcação, em diversos andares, ela constata diversas situações terríveis a que os animais são submetidos nesse tipo de viagem, como, por exemplo, a superlotação, que faz com que eles sequer tenham espaço para deitar e muito menos andar; a falta de higiene, que faz com que eles andem e deitem sobre seus próprios excrementos; o forte cheiro de amônia que torna quase impossível a respiração; a falta de água; e a poluição sonora.
Ao final, ela mostra até mesmo a graxaria, local onde literalmente são moídos os animais que morrem durante o trajeto. Ou seja: os maus-tratos são tão evidentes que mortes não são raras e existe até um equipamento específico para “tratar” os “descartes” da indústria.
A viagem desses bois pode durar até 30 dias e causa intenso sofrimento aos animais: eles passam dias, e em alguns casos até semanas, dentro da carroceria de caminhões ou em navios, sem espaço para andar ou deitar, sem segurança, sob calor e frio intensos, envoltos em fezes e urina, sem acesso a água ou ração adequadas. Alguns chegam feridos ou até mortos ao destino.
Veja com seus próprios olhos: