O que a indústria de produtos de origem animal tem a ver com a crise climática global? A MFA conta pra você

Em um texto recente, publicado pelo site de jornalismo ambiental O Eco, foi abordado a ligação direta entre a indústria de produtos de origem animal e a destruição dos biomas brasileiros.

A Amazônia e o Cerrado vêm sofrendo com o aumento das áreas de pastagem e, sobretudo, com o avanço das lavouras de soja dedicadas à produção de ração para a criação em confinamento de porcos, bois, vacas da indústria leiteira, frangos, galinhas exploradas para a obtenção de ovos e peixes criados em cativeiro.

O texto cita um relatório da MFA, publicado em 2020, que revela que o pasto ocupava, em 2018, cerca de 75% de toda a área desmatada da Amazônia. Não por acaso, os municípios com maior índice de desmatamento são, também, os que detém os maiores rebanhos.

Para além das terríveis práticas contra os animais, os danos abrangem diversas esferas, como a perda irreparável da biodiversidade, o impacto direto no equilíbrio do modo de vida de diversos povos originários e põem em risco o clima, como indicam dados do IPCC, o Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas da Organização das Nações Unidas (ONU).

O texto também aborda a incoerência presente nas práticas de fundos de investimento e bancos, a exemplo do BTG Pactual. As financeiras possuem participação significativa na injeção de investimentos nas três maiores empresas de abate e processamento de carne bovina do Brasil (JBS, Minerva e Marfrig), mas firmaram compromissos públicos de combate às mudanças climáticas e ao desmatamento, bem como empregam políticas ESG.

 Dessa forma, para proteger e regenerar os biomas brasileiros, o texto aponta para um caminho definitivo e que olha também para o respeito para com os animais, a transformação radical do nosso sistema alimentar.

O que deve ser buscado e incentivado tanto pelo poder público quanto pela sociedade civil. O país conjuga condições ambientais, técnicas e humanas para liderar essa revolução mundialmente e assumir o protagonismo na “revolução verde”.