Há pouco mais de uma semana, o ministro da agricultura, Blairo Maggi, inaugurou em Corumbá (MS) o maior frigorífico de jacarés de cativeiro do Brasil e do mundo, com o potencial de abater 600 animais por dia. Na fazenda, estão confinados 79 mil animais, sendo que 30 mil deles já estão prontos para o abate.
A situação fica ainda pior quando se considera que, na indústria, os jacarés serão alimentados com uma ração produzida à base de carne bovina. Ou seja, será necessário plantar cereais para alimentar bovinos (ou desmatar a Amazônia) que, abatidos, serão comida de jacaré — tornando a alimentação cada vez mais custosa para o meio ambiente e mais distante das pessoas. Ao adicionar o fator “jacaré” nessa já cruel equação alimentar, a indústria está tornando a carne um produto ainda mais escasso e caro. A prova é o preço pago pelo quilo da parte menos nobre do animal: mínimo de R$45 — o valor pago por 30 ovos do animal, o equivalente a um ninho inteiro! A quem a indústria da carne serve? Às pessoas é que não.
Isso aparentemente é um fato chocante para a maioria das pessoas. Afinal, o brasileiro não está acostumado a comer carne de outros tipos de animais diferentes de porcos, galinhas e vacas. Mas animais como jacarés, cavalos e demais animais que também são criados para consumo (mesmo que em menor escala) têm tanta sensibilidade e interesse na vida quanto outros animais que fomos ensinados a amar e respeitar, como cães, gatos e coelhos.
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