A nova investigação da Mercy For Animals “Galinha dos Ovos Vermelhos”, lançada no dia 23 de novembro de 2023, mostra com exclusividade o extremo sofrimento a que galinhas são submetidas em uma granja brasileira de ovos brancos e vermelhos.
As cenas, impactantes e perturbadoras, revelam que independente da cor do ovo, as galinhas na produção vivem um grande pesadelo, sendo brutalmente exploradas desde seus primeiros até os últimos dias de vida.
“Todos os dias em que estive na granja, me deparei com diversas galinhas mortas — por não resistirem às condições da indústria — e muitas outras fracas e doentes. Uma delas estava exausta e machucada, encolhida em uma gaiola. Fui buscar ajuda e, quando voltei, ela já não estava mais ali. Enquanto a procurava, vi um movimento dentro do carrinho onde eram colocadas as galinhas mortas. Ao me aproximar, lá estava ela, ainda viva, com a cabeça levantada, assustada. Pouco tempo depois, ela deu seu último suspiro. Assim como milhares de outras aves, ela foi mais uma vítima dessa indústria”, relata o investigador secreto.
Condições precárias
A investigação documentou o confinamento de milhares de aves em gaiolas dentro de galpões fechados. Além de não poderem andar livremente, esticar as asas ou descansar com conforto, as aves são forçadas a viverem em meio aos seus próprios dejetos e, muitas vezes, ao lado dos corpos em decomposição de suas companheiras. Nessas condições, as aves botam ovos que seriam destinados ao consumo humano.
Falta de cuidados
Galinhas e pintinhas muitas vezes ficam presas no aramado das gaiolas ou sob as bandejas de alimentação, o que ocasiona episódios de pisoteamento por outras companheiras, além de serem impedidas de alcançar alimento ou água, situação que pode condená-las à uma morte lenta e agonizante.
A investigação também documentou inúmeros casos de ferimentos graves, como pés dilacerados, e doenças, como prolapsos de órgãos. A falta de cuidados básicos, como deixar que unhas cresçam de forma excessiva, e a falta de atendimento veterinário individual e adequado eram a regra.
Morte de animais
A investigação revelou cenas fortes de diversas aves já mortas sendo empilhadas como objetos em caixas lotadas, onde ocorriam os descartes. Muitas delas eram pintinhas, que não resistiram aos primeiros dias na granja e sequer chegaram à vida adulta. Animais extremamente doentes ou debilitados eram mortos, tendo seus pescoços torcidos ou pressionados contra objetos.
Luiza Schneider, Vice-Presidente de Investigações da MFA, comenta que esta é mais uma das numerosas investigações realizadas pela organização na indústria de ovos, que mostram a terrível realidade das galinhas confinadas em gaiolas.
“Ao longo de 25 anos, realizamos dezenas de investigações nessa indústria ao redor do mundo. Em todas elas, documentamos evidências de extremo sofrimento animal”, aponta.
Apesar desse extremo sofrimento documentado, a investigação mostra práticas que são padrão na indústria de ovos. São condições típicas, onde estima-se que 95% das galinhas nessa indústria no Brasil vivem confinadas em gaiolas por quase toda a sua vida.
Assista à nova investigação na íntegra:
Por causa dos impactos negativos para os animais e por apresentar sérios riscos para a saúde humana, o confinamento de galinhas em gaiolas vem sendo banido em diversas regiões do mundo. Atualmente, já existem mais de 180 empresas no Brasil com o compromisso de banir o uso de ovos provenientes de galinhas confinadas em gaiolas de suas operações, com transições que devem ser finalizadas entre 2025 e 2028.
Junte-se a nós e peça pelo fim do confinamento de galinhas em gaiolas na indústria dos ovos.
Assine a petição em ovosvermelhos.com.br e saiba mais.
E lembre-se, a melhor forma de ajudar acabar com esse sofrimento é priorizando os alimentos de origem vegetal. Que tal conferir como é fácil substituir os ovos em receitas? Clique aqui para descobrir.