7 fotos que mostram que confinamento é tão terrível quanto exportação de animais vivos

O caso do Porto de Santos foi importante para lançar luz sobre dois temas muito importantes:
1) o quão terrível é confinar animais que nasceram para ser livres e amados em espaços em que eles mal podem se mexer, em condições de higiene precárias;
2) e que uma simples mudança de hábitos alimentares pode pôr fim a todo esse sofrimento.

No navio Nada, conforme constatou laudo veterinário feito a pedido da Justiça, os bois e vacas embarcados tinham um espaço de menos de 1m² para passar semanas.

Mas o que dizer quando o confinamento é tudo o que determinados animais experimentam durante todas as suas vidas? É assim que vivem a maior parte das porcas gestantes e galinhas da indústria de ovos em todoo Brasil.

Em novembro do ano passado, uma investigação realizada pela Mercy For Animals no Brasil revelou a situação de porcas nas chamadas “celas de gestação” ou “celas de maternidade”: um espaço entre grades em que elas passam a maior parte da vida gestando e tendo seus filhotes, e que de tão reduzido sequer permite que elas se virem de lado ou vivam com um mínimo de conforto. As porcas mal conseguem se mover e cuidar dos porquinhos como gostariam. Os filhotes ficam separados das mães por barras de ferro.


Elas vivem entre 3 e 5 anos, sendo que um porco em condições naturais pode viver até 15, todos nessa situação terrível. Morrem sem nunca terem sido livres para andar na grama ou sequer ver a luz do sol.


Os porquinhos com menos de uma semana de vida têm os dentes serrados, seus rabos e orelhas cortados sem qualquer tipo de anestésico. As mães, desesperadas, não podem fazer nada além de assistir seus bebês sofrerem e urrarem de dor.


Como resultado do confinamento e resposta ao estresse e à frustração a que são submetidas, as porcas desenvolvem uma mania de morder a grade da cela. É um comportamento comum à maioria das porcas criadas presas, e pode ser observado em diversos vídeos feitos nas fazendas. Literalmente, quer dizer que elas estão ficando loucas. É tristíssimo.


O uso de celas de gestação para porcas já foi proibido na Europa e nos Estados Unidos e continua sendo extremamente comum no Brasil, mesmo nos maiores e mais “modernos” produtores do país. Essas cenas infelizmente não são a exceção: elas representam a forma como a maior parte da carne de porco do Brasil é produzida.

Outra investigação da Mercy For Animals Brasil revelou a terrível situação das galinhas na indústria de ovos, onde são criadas em gaiolas de bateria. Ao consumir ovos, permitimos que uma indústria terrível que confina galinhas se perpetue. São gaiolas tão pequenas que cada animal tem um espaço menor que o de uma folha de papel para viver.


Algumas passam suas breves vidas — vivem apenas durante um ou dois anos, sendo que poderiam chegar a 8 — sem sequer ver a luz do sol ou ciscar na grama. Sob confinamento nessas gaiolas, as galinhas são impedidas de expressar seus comportamentos mais básicos, como esticar as asas, andar, ciscar, empoleirar, tomar banhos de areia e fazer ninhos.


Sem local apropriado para se empoleirar, seus pés são frequentemente machucados pelo aramado das gaiolas. Não é raro, também, haver brigas por causa da falta de espaço. Por isso, logo ao nascerem, elas são submetidas a um processo de debicagem, que consiste em cortar as pontas de seus sensíveis bicos.

Muitas morrem pisoteadas, presas às grades ao tentarem fugir ou por doenças, que se alastram pelas péssimas condições de higiene das granjas.


Seja no transporte rodoviário ou em alto-mar, seja em solo, nenhum animal merece ficar confinado ou ser explorado para consumo. Se você também não concorda com essas práticas, a única forma de acabar com a crueldade contra animais é deixando carne, leite e ovos fora do nosso prato. Clique aqui que a gente te ajuda a começar.