Em Portugal, opção vegana é lei!

Portugal aprovou uma lei para implementação de opções veganas e vegetarianas em instituições públicas e lanchonetes. O projeto começou em 2016 como uma petição da Associação Vegetariana Portuguesa, que enviou 15 mil assinaturas para o parlamento, e agora virou uma realidade, beneficiando 120 mil pessoas.

Desde então, todas as escolas, cantinas, universidades, hospitais, prisões e todas as outras instituições públicas foram legalmente obrigadas a incluir refeições elaboradas integralmente com produtos de origem vegetal. O apoio de três partidos políticos e a pressão de milhares de cidadãos apaixonados por animais foram os principais responsáveis pela aprovação da lei.

Nuno Alvim, porta-voz da Associação Vegetariana Portuguesa, afirmou: “sentimos que este é um grande avanço em Portugal, porque é a primeira vez que temos alguma lei que mencione especificamente o vegetarianismo. Isso irá promover a diversidade de hábitos alimentares e incentivará mais pessoas a escolherem opções vegetarianas à medida em que elas se tornarem mais amplamente disponíveis”.

Alvim acrescentou: “É óbvio que isso está previsto para ter um impacto significativo na saúde da população, mas também irá impactar positivamente os animais e o meio ambiente a longo prazo. Promover os direitos da população vegana é tão importante quanto fazer campanha e incentivar que as pessoas adotem o veganismo”.

Mesmo que nenhum outro país ainda tenha, legalmente, que seguir o exemplo de Portugal, as campanhas e petições aumentaram desde então, renovando a esperança de ter disponível opções veganas em todo lugar. Uma petição ao governo e parlamento do Reino Unido conseguiu 19.000 das 100.000 assinaturas necessárias para ser discutida no Parlamento. Uma petição semelhante está sendo considerada pelo comitê de assembléia do País de Gales.

Jimmy Pierson, da Vegan Society — instituição com sede no Reino Unido — disse ao Metro: “Estamos ativamente fazendo campanha nessa área. O veganismo é uma crença protegida sob as leis de igualdade e direitos humanos do Reino Unido. Isso significa que os veganos não podem ser tratados de forma menos favorável do que os não-veganos, por isso um esforço razoável deve ser feito por instituições como escolas e outros órgãos públicos, a fim de evitar a discriminação”.

As petições atuais incluem a obrigatoriedade de oferecer uma opção vegana nas refeições escolares nas instituições de educação primária (alunos com 5 e 6 anos de idade) gratuitas do Reino Unido, além da rotulagem correta de alimentos veganos. Apenas o tempo dirá qual país será o próximo a se unir a Portugal e, com isso, ajudar a pavimentar o caminho para um futuro melhor para todos.

No Brasil, a Mercy For Animals conta com o Programa Alimentação Consciente, que auxilia na implantação de opções veganas em diversas instituições e escolas. Quer levar o programa para o seu município e promover saúde e sustentabilidade por meio de refeições deliciosas? Clique aqui para acessar o site do programa e preencher o formulário de inscrição.