Bife vegano impresso em 3D?

Já pensou em poder imprimir seu bife vegano usando uma impressora 3D? A startup NovaMeat, da Espanha, apresentou a novidade em fevereiro passado, no último Mobile World Congress em Barcelona. Trata-se de uma combinação de proteínas e fibras vegetais que, segundo a empresa, tem aparência, cheiro e sabor de carne.

“Estamos criando o primeiro ‘bife de carne’ de origem vegetal impresso em 3D. É feito de proteína de arroz, proteína de ervilha e algumas fibras de algas. Misturamos tudo isso e criamos uma alternativa à carne que tem a mesma textura e em breve terá uma boa aparência. Quero dizer, as pessoas vão ver e pensar que é um bife de vaca, pois terá o mesmo aspecto, textura, sabor e propriedades nutricionais. E isso é muito importante para o meio ambiente, temos que resolver o problema da insustentabilidade da pecuária.” – Giuseppe Scionti, fundador da NovaMeat e criador do bife vegano em 3D.

Giuseppe passou os últimos 10 anos trabalhando como pesquisador e professor assistente no campo de engenharia de tecidos. Ele conta que, quando conseguiu desenvolver um tecido que realmente lembrava um tecido animal, pensou: “por que não usar essa tecnologia e aplicá-la à gastronomia para gerar uma alternativa à carne?”.O bife da NovaMeat é uma mistura patenteada que pode ser cortada para criar tecidos fibrosos, com sabor e valor nutricional muito parecidos aos da carne animal. Ele sai da impressora “cru”, pronto para ser preparado.


O criador da novidade afirma que a ideia é ter cartuchos, que poderão ser usados numa impressora e fazer três tipos de carne: bife de vaca, que é a prioridade da empresa, peito de frango e filé de atum. Inicialmente, a empresa quer vender esses cartuchos com uma impressora robusta, que permitirá que restaurantes inovadores criem muitos quilos do produto por dia. Futuramente, passará a vender também para os consumidores que quiserem produzir seus bifes em casa.

O objetivo principal da NovaMeat é gerar um impacto em nível global, incentivando a produção e o consumo de “carnes sem carne”.”Inicialmente, será como um Nespresso para substitutos de carne. E mais adiante queremos ter um impacto no mundo real, um impacto maior. O que significa que queremos aumentar a produção, não usar impressoras 3D, e sim máquinas maiores que permitam a produção de alimentos e substitutos de carne de base vegetal com composições personalizadas.” 

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